sexta-feira, 27 de março de 2009

Folha de São Paulo destaca Coletivo de Pequenos Conteúdos

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Fringe, em Curitiba, reúne quase 300 peças

Companhias se agrupam em "mostras dentro da mostra" para ter visibilidade

Para cocuradora, teatro é aventura arriscada: "É como se fosse uma chuva: você vai se molhar; quem gosta de teatro tem de se expor"

LUCAS NEVES
ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

[...] É possível pinçar qualidades e promessas que acabam escondidos nas profundezas desse oceano teatral. A "boia" que algumas jovens companhias de Curitiba encontraram para não submergir foi a associação em "mostras dentro da mostra".

O Coletivo de Pequenos Conteúdos reúne quatro delas, uma a menos do que a mostra Novos Repertórios. Atores e diretores dos grupos envolvidos apontam a busca de visibilidade como a principal razão da parceria.

"É um diferencial que pode atrair quem busca algum tipo de orientação no Fringe. E, se a pessoa vê uma peça e gosta, volta para as outras", diz o ator da Cia. Transitória Thiago Inácio, 24, também produtor do Pequenos Conteúdos.

"Se você se organiza em um coletivo, não é chutado para fora do teatro quando acaba seu tempo", observa o ator Ricardo Nolasco, 22, de "Formigas Glitter" (Pequenos Conteúdos). O discurso das companhias é menos objetivo quando se trata das afinidades compartilhadas por elas.

"Não há um tema comum, mas sim a busca por processos de criação diferentes e novas dramaturgias", afirma Fortes. "O elo é a pesquisa continuada", sugere Inácio.TriagemA percepção de que o Fringe deveria realizar alguma triagem prévia é quase unânime. "As pessoas vêm com uma expectativa e podem dar o azar de assistir a cinco espetáculos ruins. Poderia haver uma seleção de projetos", diz a atriz Clarisse Oliveira, 22 ("Formigas").

Curadores e ex-curadores da mostra Contemporânea, carro-chefe do festival, discordam. "Como limitar [selecionar]? A ideia do Fringe é que a sorte está lançada", diz Lúcia Camargo, 65, da curadoria desta edição. "Prefiro ter mais para chegar ao melhor." Tania Brandão, 56, outra cocuradora atual, também concorda. "É como se fosse uma chuva de teatro: você vai se molhar. Teatro é uma aventura arriscada. Quem gosta dele tem de se expor." Já o crítico Kil Abreu, 40, ex-curador, acha que "seria válido avaliar algum tipo de sinalização [para o espectador], pois há muito espetáculo escolar, de curso técnico".

O jornalista LUCAS NEVES está hospedado a convite do festival

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Veja também o que saiu em outros veículos:

Grupo Folha (Miguel Arcanjo Prado)

Portal Vírgula (São Paulo)

Diário do Nordeste

Gazeta do Povo

O Estado do Paraná

Folha de Londrina

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