Para Poe é
um processo colaborativo de montagem teatral e criação dos artistas Clarissa
Oliveira, Erick Alessandro, Patrícia Cipriano e Thiago Inácio. A partir da
ótica do intérprete-criador, a direção se estabelece coletivamente, dividindo
experiências entre os artistas e as transpondo para o palco. O texto é uma
criação autoral de Clarissa Oliveira e Thiago Inácio, que surge da vontade em
expor, de maneira dramatúrgica, suas inquietações artísticas. Este projeto foi
contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2012 e terá sua estreia
no dia 04 de julho de 2013, no Teatro Novelas Curitibanas em Curitiba.

"Olho para mim mesmo e
chego a seguinte conclusão ou confusão: Eu estou em estado catatônico. Sinto a
luz bater em minha face, porém o sol não existe. Está tudo tão nublado, está tudo tão cinza. Quero beber o mundo, mas com este estado de cega lucidez isso se
torna inalcançável, irreal. Não vejo nada, ninguém. A fome e o desespero e
a busca pelo mal acabado é o que me deparo. Sem enxergar um palmo a frente de
qualquer parte. A vida esta morta. A arte me resta. Apenas." (Cara de Chapéu)

"Eu sou o universo, e não! Eu não estou falando
de amor. Não vim aqui pra isso... Não estou! O que acontece entre eu e tudo tem
uma relação tão invisível que eu mal consigo ver. Eu ouço as pessoas e elas
falam: “- Eu estou aqui! Pode vir!” … é tudo uma grande mentira. Estamos todos
dentro de um bolsa cheia de água prestes a explodir... eu sinto que estamos
prontos e eu quero muito que tudo seja
vermelho e sujo. Não não fomos gerados, estamos todos em conserva e a rainha
está ficando com fome e, logo logo, ela nos colocará no micro-ondas. Então nos
encontraremos nesse universo do qual falei e esperaremos ser jogados no mundo. Tudo tão confuso. Eu não quero que você me
ame!" (Edgar)
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